Por Fábio Vivas – Mestre em Comunicação(UFS) | Co-fundador da Base Propaganda
Acho que quase todo ser humano já ouviu falar da modalidade – sim, a marca Crossfit acabou virando sinônimo do esporte que, na verdade, chama-se MMT (Mistura de Modalidades de Treinamento). Só isto já poderia ser uma grande lição, mas a ideia aqui é mostrar como a atmosfera dos boxes, como são chamados os locais de treino, podem ensinar muita coisa sobre como gerir a sua marca:
1 – Preparação
Uma máxima do Crossfit é de que ninguém atinge seu PR (personal record/carga máxima) logo no começo.
É preciso aprender os movimentos, preparar a musculatura e as articulações pra só aí começar a “subir carga”.
Da mesma forma, não adianta querer que sua marca seja líder de mercado ou top of mind (mais lembrada) do dia pra noite. Já dizia o poeta: “toda caminhada começa no primeiro passo”
2 – Planejamento
O treino é feito em formato de WOD (Workout of the day), onde o atleta recebe um desafio que precisa repetir quantas vezes aguentar dentro de um tempo pré-determinado ou apenas completar a sequência o mais rápido possível dentro desse mesmo tempo. Aí entra a estratégia, onde você precisa dosar velocidade e força pra concluir.
Ao tomar decisões sobre o cotidiano da sua marca, é preciso entender quais os melhores caminhos e o nome disso também é estratégia.
3 – Colaboração
No treino de Crossfit você regula o seu ritmo, mas via de regra, divide o espaço e o tempo de treino com algum colega. Aqui vale torcer e estimular o companheiro, mas também receber essa energia de volta. Dessa forma, todos saem ganhando.
A marca Crossfit também se vale desse artifício e uma prova disso é a enorme opção de roupas, acessórios e tênis em collab com Nike, Reebok, Nobull e muitas outras marcas, sempre de olho nesse nicho de mercado.
Será que não seria possível desenhar algo semelhante pra sua marca pra um período específico, seja uma data comercial ou mesmo em um projeto mais duradouro? As oportunidades estão aí.
4 – Especialização
Comumente, é preciso passar pelos movimentos de LPO (levantamento de peso olímpico) e de ginástica, mas dificilmente você será bom em todos. Geralmente, os que performam bem em ambos, acabam sendo medianos, não se destacando em nenhum dos dois.
O mais comum mesmo é encontrar aqueles que se destacam mais nos pesos ou nas argolas de ginástica. E está tudo bem! O que importa, no final do WOD, é o seu resultado geral, a sua performance diante do desafio apresentado.
A sua marca não precisa ser boa em tudo, mas vale entender onde consegue ser mais forte e bater seu PR (personal record) ou subir seu Muscle Up – movimento de suspensão do corpo na barra fixa, terror dos crossfiteiros de plantão. O que irá importar mesmo é se, no final do período, ela cumpriu seu desafio, entregou o esperado ou acabou surpreendendo, reduzindo o timecap (o tempo do WOD).
5 – Sintonia
Crossfit é daqueles esportes que você ama calorosamente ou odeia fervorosamente. Não há meio termo.
Logo de cara, é preciso entender se é ou não a sua praia, se o box é o ambiente desejado por você ou se você prefere os repetitivos movimentos da academia tradicional.
Da mesma forma, os profissionais que trabalham pra dar vida à sua marca precisam estar na mesma vibração dos seus valores, do seu ambiente. Vale também pro mercado onde você atua.
Em todos os casos, não adianta forçar a barra (sem trocadilhos).