Na Era do Engajamento está cada vez mais difícil cativar o público em campanhas publicitárias. Com tantos percalços, a gamificação pode ser uma estratégia criativa e inovadora para conquistar e, sobretudo, manter o interesse do seu mercado consumidor.
Esta é uma técnica comum no segmento Educação, que já a utilizava de maneira empírica, mas foi somente em meados de 2010 que a expressão “gamificação” (do inglês, gamification) tornou-se popular, a partir da utilização de elementos e características próprias dos jogos, quando aplicadas fora do seu contexto original. O objetivo é simular um ambiente lúdico, proporcionando a imersão de um game à vida real.
A partir destes elementos, é possível criar um ambiente que convide o usuário a mergulhar em mecânicas como: atingir objetivos, receber recompensas e evitar punições. Estes são aspectos presentes na mente humana e promovem sensações como bem-estar e satisfação quando conquistados. Nos jogos, são estes “ciclos de recompensa” que retém a atenção das pessoas e, por isso, trazê-los para o marketing pode ser uma estratégia inteligente e perspicaz.
Ao incorporar a gamificação ao marketing é fundamental desenvolver um conteúdo interessante e interativo. Para além do básico, este conteúdo deve apresentar regras fixas, resultados variáveis e mensuráveis para que, a partir dessas características, seja possível analisar a eficiência e eficácia da estratégia.
Dentro da gamificação, a experiência do usuário deve ser priorizada e nunca negligenciada em detrimento da marca e/ou produto. Este é um erro muito comum, que quebra a imersão do consumidor, trazendo-o de volta para a realidade da propaganda.
Vale lembrar que é necessário conhecer muito bem o público-alvo, identificando, por exemplo, que tipo de conteúdo ele tem mais interesse, até que ponto está disposto a se envolver com uma campanha, etc. demandando esforço dele e não apenas da marca, como é de costume. Toda a estratégia pode ir por água abaixo se o conteúdo e a demanda não estiverem em sintonia com a expectativa dos clientes.
Dois bons exemplos de gamificação são os aplicativos Bike da Firma e o Habitica. O primeiro integra empresas a funcionários que vão trabalhar de bicicleta. Os colaboradores ganham brindes, cedidos pela empresa, a cada 100km rodados. O segundo é um gerenciador de tarefas com elementos de RPG, que premia o usuário com diversas melhorias dentro do app, desde a personalização do avatar a compras de itens dentro do jogo.
E você, lembra de alguma ação gamificada? Conte pra gente.
